terça-feira, 27 de julho de 2010

MARIZA COM Z


Me deram esse nome, por causa de uma artista do cinema nacional, uma tal de Marisa Prado, que casou com um Conde em Monte Carlo e nunca mais filmou nada. Fez algumas parcerias na Vera Cruz com Anselmo Duarte, mas foi o bastante para meus pais decidirem o nome. Só que com Z, para ficar uma coisa mais “forte”, com um certo sotaque italiano.
Daí eu ter que ficar repetindo sempre – é diferente, é Mariza com Z.
Mas eu gosto, porque depois do “Mariza”, vem o “Vitória”. Alguém conhece alguma “Mariza Vitoria”? Olha que já procurei até no Google, e acabei achando umazinha só, lá pelo Rio Grande do Sul.

Depois lá pelos 15 anos, com traços mais definidos , cabelos longos e vestidinhos de bailinho, me chamavam de “Maysa”, a cantora expressiva que jogava sua voz pelo Brasil dizendo que “meu mundo caiu...” Os olhos claros esverdeados e meio puxados, assim como os meus faziam a molecada e a parentada me apelidar. Mas eu sempre detestei apelidos, mesmo os de namorados “ amorzinho”, “ benhê”, “ xuxu”, “docinho”, etc..
Aprendi a gostar do meu nome, e na época que eu nasci era moda dar nome “duplo” ás crianças, veja só, minha mãe tinha outras opções: Célia Regina, Ana Maria, Vera Lucia,
Maria Cristina, etc..

Mas o Vitória, apareceu por causa de minha avó ( também muito usado na época, dar nome dos avós). Mas o nome dela eu carrego com o maior orgulho, nunca conheci uma criatura mais alegre e brincalhona na minha vida. Ela tocava violão e contava histórias incriveis, inventadas na hora, uma imaginação esplendorosa.

Mas voltando ao nome, outro dia acabei tomando conhecimento de uma cantora portuguesa Mariza ( com Z) que faz um enorme sucesso na Europa, como uma “cantadeira de Fados”.
E soube também, que a 2ª.dama, esposa do vice José Alencar, faz questão de grifar que seu nome é Mariza – com Z. Simpática ela, pelo menos não usa tanto botox.

Mas um dia cismei de fazer numerologia do nome – afinal como deveria assinar os meus quadros, como artista plástica ? Qual grafia me traria prosperidade e sorte? Confesso que sou fascinada e um tanto influenciada pelo esoterismo e pelo misterioso, faz parte da minha curiosidade latente. Então veio a sugestão final: MVPettinelli, assim tudo junto, sem definir o sexo. Deixando a imaginação de quem olhasse a obra, adivinhando se a influencia do tema, cores e pinceladas fosse mão masculina ou feminina...

E assim fiz mais de 80 quadros, numa época produtiva e febril, descobrindo mundos novos.
Posso dizer que vendi mais do que a metade, então presumo que trouxe alguma coisa de bom. E até hoje, ao tirar documentos, assinar papeladas, repassar meu email, eu repito com prazer: - É Mariza, com Z.
Assimilei o “diferente” e fiz dele uma marca, que apesar de não ser única é pessoal e intransferível.

OBS: O poeta Manuel Bandeira fez um poema com meu nome, que me assemelha ao mar e á brisa. Mas como filha de Iansã tambem sou mais forte que a tempestade....


Marisa(Manuel Bandeira)

Muitas vezes a beira-mar
Sopra um fresco alento de brisa
Que vem do largo a suspirar…
Assim é o teu nome, Marisa,
Que principia igual ao mar
E acaba mais suave que a brisa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

BIOÉTICA


A bioética seria um "sub-ramo da ética", buscando definir as velhas questões humanas a partir dos fatos novos produzidos pela genética e biotecnologia (clonagem, transgênicos, suplementos hormonais, próteses, células-tronco, interfaces neurais, etc).A bioética também pode ser considerada um novo tipo de ética, não mais focada exclusivamente nos seres humanos, e sim abrangendo toda a vida na terra. Por fim, podemos considerar que as inovações biotecnológicas das últimas décadas é que estariam obrigando o homem a criar uma nova ética. Afinal de contas, os homens de hoje podem recriar seus corpos de uma maneira nunca antes imaginada!

Tanto em assuntos polêmicos como a doação de órgãos, a eutanásia e até as experiencias em animais, a Bioética tornou-se imprescindivel.
Inclusive no tratamento humano em doentes terminais, fato que vivemos dentro de nossa familia.
Tive um tio muito amado, segundo paizinho, que passou por um câncer terminal devastador, e na sua ultima noite no hospital, eu e uma prima ficamos na vigilia, ao seu lado, substituindo nossa tia que estava exausta.

Sabiamos que não tinha volta, ele partiria, estava desenganado e semi-consciente. Mas os médicos nos avisaram para vigiar se ele não arrancaria os tubos do nariz, por onde passava o precioso oxigenio e que o incomodavam muito. Ficamos eu e minha prima, segurando suas mãos magras e tentando colocar novamente o tubo em seu nariz quando ele arrancava. No final da noite, desesperada pela situação absurda me perguntei - Por que?
Ele faleceu na manhã seguinte e eu chorei e me culpei muito por não ter reagido a essa ordem absurda de mais sofrimento.

Hoje sei que os direitos de uma morte digna e humana devem ser priorizados.
É preciso que os médicos e os enfermeiros saibam quando devem parar no caso de doentes realmente terminais, no que se refere à concretização de manobras extraordinárias (cirurgias, quimioterapia ou reanimação cardiopulmonar,etc) ,deve-se tentar uma convergência entre a vontade da família e o bom senso dos profissionais!
Todos nós tivemos o amparo de nossa crença espiritual na passagem de nosso querido tio. Mas a Bioética deve esclarecer melhor os direitos de quem deseja ter uma morte digna.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

OVNIS


Todas vez que penso no assunto, chego á conclusão óbvia que não estamos sós no Universo, nem somos "privilegiados" por sermos as unicas criaturas vivas a habitar no imensurável espaço.
Se me perguntarem se vi algum dia um Ovni,digo que não, não tive esse privilégio. Mas diante de tantas revelações, a que mais me chama atenção são os circulos, ou desenhos que podem ser visto com exatidão sómente do espaço ou do alto.

No arquivo do departamento de Defesa da Grã-Bretanha estão cartas do famoso astrônomo Carl Sagan, da Universidade de Cornell, Nova York. Em 1996 ele escreveu ao Departamento de Defesa pedindo comentários oficiais em resposta às teorias da conspiração sobre a participação de Sagan e do Departamento em desmentir o fenômeno dos “círculos nas plantações”.Com certeza é a obra de arte mais misteriosa e vislumbrante da atualidade!
O mundo começou a tomar conhecimento dos "círculos ingleses" a partir da década de 80,apesar destes círculos estarem aparecendo há séculos. Os desenhos parecem ser específicos a cada ano, quase como capítulos num livro. Em 1994, houve uma proliferação do que se convencionou chamar de "insectogramas", com figuras na forma de escorpiões, aranhas, teias de aranhas e outros insetos. Em 1995, os padrões pareciam sugerir sistemas solares, cinturões de asteróides e outras figuras planetárias. Em 1993, houve uma incidência de padrões geométricos.

Estima-se que cerca de 30% dos círculos encontrados sejam falsos. Diversos motivos levam as pessoas a forjarem as figuras, entre elas estão a vontade de aparecer e ser notícia e principalmente a tentativa de desmoralizar os estudiosos do fenômeno.
Estes meses de Junho e Julho de 2010, com certeza foram os mais enigmáticos, pelo aparecimento de alguns círculos que segundo estudiosos sobre a teoria ufológica avisam que estes símbolos são mensagens dos extraterrestres sobre o que há por vir.

Olhando a imagem acima,se tem uma idéia desse mistério: ele não surgiu de uma vez, mas houveram modificações 3 vezes em seu desenho.
No dia 21 de Junho surgiram alguns desenhos geométricos simples. No dia 23 houve um acréscimo de alguns círculos e quadrados que lembram planetas em transição. E dia 30 surgiu o mais enigmático: uma complexa escrita de desenhos que extenderam todo o desenho ao inacreditável tamanho de 457 metros de comprimento!

É importante frisar que nenhum vestígio foi encontrado em qualquer círculo validado, a não ser uma certa forma de energia desconhecida ou não catalogada pela Ciência atual. Esta forma de energia produz uma mudança a nível genético nas plantas afetadas pelo fenômeno.Os "círculos" só aparecem nas plantações de trigo, canola e cevada. Os caules destas plantas, que normalmente quando entortados se quebram, nas áreas onde o fenômeno ocorre, chegam a ser entortados em cerca de 90 graus.

O entortamento dos caules se dá num ponto entre 20 e 80% da altura total das plantas. Às vezes, plantas situadas lado a lado na colheita, são entortadas em direções opostas dentro do mesmo fenômeno.
Uma característica deste fenômeno é que, quando entortadas, não é possível desentortá-las com o risco de quebrá-las, continuando seu crescimento rasteiro ao chão.

Duas organizações vêm fazendo estudo do solo dos círculos. Elas são o Center for Crop Circles Studies in England e uma organização conhecida como ADAS Ltd., trabalhando com o Ministério da Agricultura inglês. Uma das coisas que eles descobriram é que os solos adquirem uma quantidade anormal de hidrogênio após cada formação. O único modo desta quantidade de hidrogênio aparecer assim seria se o solo recebesse uma carga elétrica extremamente forte.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

CHUVAS


Pequena ainda, morando no casarão da Rua dos Ingleses, meu mundo de fantasias era feito de historias de fadas e bonecas, jogos de montar e olhadelas pelo portão no mundo lá fora. Um dia de verão uma chuva desabou sobre S.Paulo, e o quintal se transformou numa lagoa rodeada de trovões assustadores e nuvens escuras. Meu medo extrapolou e chorando agarrei a saia de minha mãe, que abrindo a janela, me fez sentir o cheiro da chuva caindo no quintal e a beleza das gotas que se assemelhavam a pequenas xícaras.
Embevecida mudei do medo para o encanto.

E na adolescencia cheguei a tomar chuvaradas de propósito, só pra sentir a agua abençoada escorrendo pelo corpo. Mais tarde, saberia que essa agua da chuva, realmente limpa todas as energias negativas!

Mas sempre me admirei com a força da natureza, em tempestades de vento e chuva, como uma visão privilegiada da mão de Deus sobre o homem.
Essas imagens se imortalizaram no cinema e no inconsciente coletivo, como Gene Kelly "Dançando na Chuva", ou em beijos romanticos e molhados, mostrados na poderosa tela do cinema.
Hoje presenciei uma tempestade no campo, curvando as árvores e escurecendo o dia, no planalto ao longe de montanhas e verdes. Respirei fundo, e agradeci. Pois hoje sabemos, que essas tormentas de água são bençãos para a terra seca, mas em muitos casos podem se transformar em trágicas inundações.
Então, para suavizar um pequeno poema de Paulo Leminski:

DANÇA DA CHUVA

senhorita chuva
me concede a honra
desta contradança
e vamos sair
por esses campos
ao som desta chuva
que cai sobre o teclado
- Paulo Leminski -

quarta-feira, 7 de julho de 2010

NÃO DEIXE PARA DEPOIS


Minha mãe com seus ditados, me marcou com um em especial-" Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje".
Acho que ela aprendeu essa teoria com meu nono Filippo, que vivia cantando canzonetas napolitanas e tinha um bom humor invejável.
Aliás, ele sempre aconselhava - "Viva hoje, como se fosse morrer amanhã". Ou seja, seja feliz hoje, agora, nesse momento. Aproveite o bom da vida, faça as pessoas felizes.

Planejar o futuro, sonhar é bom. Mas o tempo é agora, nesse minuto em que escrevo e sinto que sou privilegiada por tudo que tenho. Um recado importante, é esse deixado por Emmanuel, o guia do nosso Chico Xavier:


Nem cedo, nem tarde.

O presente é hoje.

O passado está no arquivo.

O futuro é uma indagação.

Faze hoje mesmo o bem a que te determinaste.

Se tens alguma dádiva a fazer, entrega isso agora.

Se desejas apagar um erro que cometeste, consciente ou inconscientemente, procura sanar essa falha sem delongas.

Caso te sintas na obrigação de escrever uma carta, não relegues semelhante dever ao esquecimento.

Na hipótese de idealizares algum trabalho de utilidade geral, não retardes o teu esforço para trazê-lo à realização.

Se alguém te ofendeu, desculpa e esquece, para que não sigas adiante carregando sombras no coração.

Auxilia aos outros, enquanto os dias te favorecem.

Faze o bem agora, pois, na maioria dos casos, "depois" significa "fora de tempo", ou tarde demais.

-Emmanuel