sexta-feira, 15 de abril de 2011

SE MOSTRANDO NA NET


Nessa época incrivel de super exposições de perfis, devido a febre dos sites de relacionamento, tomei um susto... Curiosa, digitei meu nome no Google e acionei as imagens. Apareceram várias minhas, de irmã, primas, amigos,animais de estimação, etc,etc,etc..
Estou lá pra quem quizer ver e saber. Nunca tive medo de colocar fotos - apesar de um tanto comedida- no orkut, e depois no facebook.
Mas tudo o que se faz virtualmente, ou na midia, ou de alguma maneira que atinja o publico, é encontrado na internet. Processos com nomes tem de monte.

Tem tambem o lado bom: encontrar velhos amigos, amores, parentes distantes, retomar amizades esquecidas e antigos colegas de trabalho. Me pego lembrando de nomes, curiosissima em saber como ficaram apos 40 anos. E tem a informação e a noticia on line - na hora, dando á mida impressa um fim explicito. E o melhor de tudo: tem a pesquisa, sobre qualquer assunto, em qualquer lingua, em qualquer tempo! Todas as musicas do universo, toda a historia da humanidade, todas as flores, todos os poetas.
É facil ficar viciado. É fascinante e ao mesmo tempo aterrorizante. Voce se torna um prisioneiro de sua curiosidade, das vantagens, das pesquisas, das conversas que te tiram da noite solitária.
Compras, saldo bancário, atestados, consultas, filmes e livros on-line.
Acho que a internet surgiu no momento certo de se disseminar certas informações com mais rapidez. É por ela que vemos os movimentos politicos tomarem forma, os protestos a favor da manutenção do ecossistema, dos animais, das águas, do ar.
As informações acerca da evolução espiritual, da ascensão da Terra para a 5a.dimensão, das verdades da ufologia que por muito tempo ficaram escondidas.
Se fico um dia sem acessar, ja me da um comichão de saber mais e mais. Porque virei uma estudiosa constante, aprendendo diariamente tudo o que meu cérebro puder comportar. Será que tem tratamento?

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ATACADA PELAS PROPRIAS MÃOS


Transcrevo a seguir a noticia mais louca que li esta semana. E além do mais é tragicômica, pois só de imaginar a cena...
Imagine ser atacado por uma de suas próprias mãos, que tenta repetidamente estapear e socar você. Ou então entrar em uma loja e tentar virar à direita e perceber que uma de suas pernas decide que quer ir para a esquerda, fazendo-o andar em círculos.

Essa realidade é bem conhecida da americana Karen Byrne, de 55 anos, que sofre de uma condição rara chamada Síndrome da Mão Alheia.

A síndrome de Byrne é fascinante, não somente por ser tão estranha, mas também por ajudar a explicar algo surpreendente sobre como nossos cérebros funcionam.

O problema começou após ela passar por uma cirurgia, aos 27 anos, para controlar sua epilepsia, que havia dominado sua vida desde seus 10 anos de idade.

A cirurgia para curar a epilepsia normalmente envolve identificar e depois cortar um pequeno pedaço do cérebro no qual os sinais elétricos anormais se originam.

Quando isso não funciona, ou quando a área danificada não pode ser identificada, os pacientes precisam passar por uma solução mais radical.

No caso de Byrne, seu cirurgião cortou seu corpo caloso, um feixe de fibras nervosas que mantém os dois hemisférios do cérebro em permanente contato.

NOVO PROBLEMA

O corte do corpo caloso curou a epilepsia de Byrne, mas a deixou com um problema totalmente diferente.

Ela conta que inicialmente tudo parecia bem, mas que então os médicos começaram a notar um comportamento extremamente estranho.

'O médico me disse: 'Karen, o que você está fazendo? Sua mão está te despindo'. Até ele dizer isso eu não tinha percebido que minha mão esquerda estava abrindo os botões da minha camisa", diz.

"Então eu comecei a abotoar a camisa novamente com a mão direita, mas assim que eu terminei, a mão esquerda começou a desabotoar de novo. Então o médico fez uma chamada de emergência para um outro médico e disse: 'Mike, você precisa vir aqui imediatamente, temos um problema'."

Karen Byrne havia saído da operação com uma mão esquerda que estava fora de controle.

"Eu acendia um cigarro, colocava-o no cinzeiro e então minha mão esquerda jogava-o fora. Ela tirava coisas da minha bolsa sem que eu percebesse. Perdi muitas coisas até que eu percebesse o que estava acontecendo", diz.

Em alguns casos, a mão esquerda dela chegava a estapeá-la, sem controle. Ela conta que seu rosto chegava a ficar inchado com tantos golpes.

LUTA DE PODER

Medicação resolveu problema de Karen Byrne após 18 anos

O problema de Byrne foi provocado por uma luta por poder dentro de sua cabeça.

Um cérebro normal é formado por dois hemisférios que se comunicam entre si por meio do corpo caloso.

O hemisfério esquerdo, que controla o braço e a perna direitos, tende a ser onde residem as habilidades linguísticas.

O hemisfério direito, que controla o braço e a perna esquerdos, é mais responsável pela localização espacial e pelo reconhecimento de padrões.

Normalmente o hemisfério esquerdo, mais analítico, domina e tem a palavra final nas ações que desempenhamos.

A descoberta do domínio hemisférico tem sua raiz nos anos 1940, quando os cirurgiões decidiram começar a tratar a epilepsia com o corte do corpo caloso.

Após a recuperação, os pacientes pareciam normais. Mas nos círculos psicológicos eles se tornaram lendas.

Isso porque esses pacientes revelariam, com o tempo, algo que parece incrível - que as duas metades do nosso cérebro têm cada um uma espécie de consciência separada. Cada hemisfério é capaz de ter sua própria vontade independente.

EXPERIÊNCIAS

O homem que fez muitas das experiências que primeiro provaram essa tese foi o neurobiólogo Roger Sperry.

Em um estudo particularmente notável, que ele filmou, é possível ver um dos pacientes com o cérebro dividido tentando resolver um quebra-cabeças.

O quebra-cabeças exigia o rearranjo de blocos para que eles correspondessem a padrões em uma imagem.

Primeiro o homem tentou resolver o quebra-cabeças com sua mão esquerda (controlada pelo hemisfério direito), com bastante sucesso.

Então Sperry pediu ao paciente que usasse sua mão direita (controlada pelo hemisfério esquerdo). Essa mão claramente não tinha nenhuma ideia de como fazê-lo.

A mão esquerda então tentou ajudar, mas a mão direita parecia não querer ajuda, então elas terminaram brigando como se fossem duas crianças.

Experiências como essa levaram Sperry a concluir que "cada hemisfério é um sistema de consciência isolado, percebendo, pensando, lembrando, raciocinando, querendo e se emocionando".

Em 1981 Sperry recebeu um prêmio Nobel por seu trabalho. Mas em uma ironia cruel do destino, ele então já sofria com uma doença degenerativa do cérebro, chamada kuru, provavelmente contraída em seus primeiros anos de pesquisas com cérebros.

MEDICAÇÃO

A maioria das pessoas que tiveram seus corpos calosos cortados parecem normais posteriormente. Você poderia cruzar com eles na rua e não saberia que algo havia acontecido.

Karen Byrne teve azar. Após a operação, o lado direito de seu cérebro se recusava a ser dominado pelo lado esquerdo.

Ela sofreu com a Síndrome da Mão Alheia por 18 anos, mas felizmente para ela seus médicos encontraram uma medicação que parece ter trazido o lado direito de seu cérebro de volta ao controle.

A história de Byrne foi contada no último programa da série da BBC The Brain (O Cérebro), que foi ao ar no Reino Unido na quinta-feira, dia 20 de janeiro de 2011.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

AMOR INCONDICIONAL


Essa imagem triste de um cão guardando o corpo de sua dona, nas tragédias das cidades serranas do Rio de Janeiro, nos mostram claramente o que é amor incondicional.O cão foi levado após alguns dias para um abrigo. É uma imagem triste e ao mesmo tempo belíssima, que nos faz pensar na grandeza desses animais. E procurando respostas para perguntas que muitos se fazem : - Os animais tem alma? Qual a sua missão na vida terrestre? – tenho hoje como espírita, varias certezas.

Jesus disse: "Toda a criação se renovará no paraíso". André Luiz refere-se, em suas obras, a cães puxando espécies de "trenós" (Nosso Lar) no plano espiritual. Muito mais do que supomos, os animais são assistidos em seu desencarne por espíritos zoófilos que os recebem no plano espiritual e cuidam deles. Há vários tipos de atendimento para os animais desencarnados, dependendo da situação, especialmente para os casos de morte brusca ou violenta, possibilitando melhor recuperação de seu perispírito. Existem ainda instalações e construções adequadas para o atendimento das diferentes necessidades, onde os animais são tratados. Alguns espíritos cuidam de grupos de animais e, à medida que eles vão evoluindo, o atendimento vai tendendo à individualização.

Aqueles que amam os animais, de modo geral sofrem bastante com o seu desencarne, às vezes "como se fosse uma pessoa da família"! Alguns chegam mesmo a se sentirem culpados por amarem mais seus cães e gatos que certos parentes ... Os animais criam lados afetivos não apenas entre si, como também com os seres humanos, e disso temos provas todos os dias!
Chico Xavier possuía um cão de nome Dom Pedrito, de que gostava muito. Dom Pedrito foi atropelado e assim morreu, para desconsolo do Chico, que muito lamentou o acontecido. Uns tempos depois. Chico andava pela rua quando percebeu que estava sendo seguido por um cachorrinho, filhote. Surge então Emmanuel, o mentor do médium, que lhe diz: - Chico, pare e preste atenção neste cãozinho. É o Dom Pedrito que está voltando para você! Chico recolheu afetuosamente o filhote e deu-lhe o nome de Brinquinho. Chico também já deixou depoimentos quanto ao encontro dos animais de estimação com os seus donos no plano espiritual.

Se as pessoas não tiverem uma visão espiritual em relação aos animais, sabendo que eles tem espírito e sentimentos vão continuar tratando esses seres como objetos, como era há pouco tempo atrás. Atualmente, existem diversas organizações e ongs que amparam e colocam para adoção os animais abandonados. Pelo amor incondicional e pelas lições de grandeza que eles nos passam, temos a prova de sua ligação eterna conosco e com o plano espiritual.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

UMA HISTORIA VERDADEIRA



Quando eu comecei a escrever em meados da década de 70, inspirei-me em varios autores: Ligia Fagundes Telles, Jorge Amado,Domingos Pellegrini Jr, Clarice Lispector. Era tão apaixonada por Literatura que segui a Faculdade de Letras, idealizando ser um dia uma nobre professora neste Pais. Mas como todos os meus caminhos e planos tomaram outros rumos, acabei ficando como uma "contadora" de historias, cronicas, contos e poesias anotados em incontáveis cadernos...sendo que alguns foram publicados em Jornais e revistas.
Tenho registrados em mim, alguns contos belissimos, como esse que fala de Natal, da Clarice Lispector, que transcrevo a seguir.

"VIA CRUCIS "
Clarice Lispector

Maria das Dores se assustou. Mas se assustou de facto. Começou pela menstruação que não veio. Isso a surpreendeu porque ela era muito regular. Passaram-se mais de dois meses e nada. Foi a uma ginecologista. Esta diagnosticou uma evidente gravidez.

— Não pode ser! gritou Maria das Dores.

— Por quê? a senhora não é casada?

— Sou, mas sou virgem, meu marido nunca me tocou. Primeiro porque ele é homem paciente, segundo porque já é meio impotente.

A ginecologista tentou argumentar:

— Quem sabe se a senhora em alguma noite...

— Nunca! mas nunca mesmo!

— Então, concluiu a ginecologista, não sei como explicar. A senhora já está no fim do terceiro mês.

Maria das Dores saiu do consultório toda tonta. Teve que parar num restaurante e tomar um café. Para conseguir entender.

O que é que estava lhe estava acontecendo? Grande angústia tomou-a. Mas saiu do restaurante mais calma.

Na rua, de volta para casa, comprou um casaquinho para o bebé. Azul, pois tinha certeza que seria menino. Que nome lhe dana? Só podia lhe dar um nome: Jesus.

Em casa encontrou o marido lendo jornal e de chinelos. Contou-lhe o que acontecia. O homem se assustou:

— Então eu sou São José?

— E, foi a resposta lacónica.

Caíram ambos em grande meditação.

Maria das Dores mandou a empregada comprar as vitaminas a ginecologista receitara. Eram para o benefício de seu filho. Filho divino. Ela fora escolhida por Deus para dar ao mundo o novo Messias.

Comprou o berço azul. Começou a tricotar casaquinhos e a fazer fraldas macias.

Enquanto isso a barriga crescia. O feto era dinâmico: dava-lhe violentos pontapés. Às vezes ela chamava São José para pôr a mão na sua barriga e sentir o filho vivendo com forca. São José então ficava com os olhos molhados de lágrimas. Tratava-se de um Jesus vigoroso. Ela se sentia toda iluminada. A uma amiga mais íntima Maria das Dores contou a história abismante. A amiga também se assustou:

— Maria das Dores, mas que destino privilegiado você tem!

— Privilegiado, sim, suspirou Maria das Dores. Mas que posso fazer para que meu filho não siga a via crucis?

— Reze, aconselhou a amiga, reze muito.

E Maria das Dores começou a acreditar em milagres. Uma vez julgou ver de pé ao seu lado a Virgem Maria que lhe sorria. Outra vez ela mesma fez o milagre: o marido estava com uma ferida aberta na perna, Maria das Dores beijou a ferida. No dia seguinte nem marca havia.

Fazia frio, era mês de Julho. Em Outubro nasceria a criança.

Mas onde encontrar um estábulo? Só se fosse para uma fazenda do interior de Minas Gerais. Então resolveu ir a fazenda da tia Mininha. O que a preocupava é que a criança não nasceria em vinte e cinco de Dezembro. Ia à igreja todos os dias e, mesmo barriguda, ficava horas ajoelhada. Como madrinha do filho escolhera a Virgem Maria. E para padrinho o Cristo. E assim foi se passando o tempo. Maria das Dores engordara brutalmente e tinha desejos estranhos. Como o de comer uvas geladas. São José foi com ela para a fazenda. E lá fazia seus trabalhos de marcenaria. Um dia Maria das Dores empanturrou-se demais – vomitou muito e chorou. E pensou: começou a via crucis do meu sagrado filho. Mas parecia-lhe que, se desse a criança o nome de Jesus, ele seria, quando homem, crucificado. Era melhor dar-lhe o nome de Emmanuel. Nome simples. Nome bom.

Esperava Emmanuel sentada debaixo de urna jabuticabeira. E pensava:

- Quando chegar a hora, não vou gritar, vou só dizer: ai Jesus!

E comia jabuticabas. Empanturrava-se a mãe de Jesus.

A tia — a par de tudo — preparava o quarto com cortinas azuis. O estábulo estava ali com seu cheiro bom de estrume e suas vacas. De noite Maria das Dores olhava para o céu estrelado a procura da estrela-guia. Quem seriam os três reis magos? quem lhe traria Incenso e mirra? Dava longos passeios porque a médica lhe recomendara caminhar muito. São José deixara crescer a barba grisalha e os longos cabelos chegavam-lhe aos ombros. Era difícil esperar. O tempo não passava. A tia fazia-lhes, para o café da manhã,, brevidades que se desmanchavam na boca. E o frio deixava-lhes as mãos vermelhas e duras.

De noite acendiam a lareira e ficavam sentados ali a se esquentarem. São José arranjava para si um cajado. E, como não mudava de roupa, tinha um cheiro sufocante. Sua túnica era de estopa. Ele tomava vinho junto da lareira. Maria das Dores tomava grosso leite branco, com o terço na mão.

De manhã bem cedo ia espiar as vacas no estábulo. As vacas mugiam. Maria das Dores sorria-lhes. Todos humildes vacas e mulher. Maria das Dores a ponto de chorar. Ajeitava as palhas no chão, preparando lugar onde se deitar quando chegasse a hora. A hora da iluminação.

São José, com o seu cajado, ia meditar na montanha. A tia preparava lombinho de porco e todos comiam danadamente. E a criança nada de nascer.

Até que numa noite, as três horas da madrugada, Maria das Dores sentiu a primeira dor. Acendeu a lamparina, acordou São José, acordou a tia. Vestiram-se. E com um archote iluminando-lhes o caminho, dirigiram-se através das árvores para o estábulo. Uma grossa estrela faiscava no céu negro.

As vacas, acordadas, ficaram inquietas, começaram a mugir Daí a pouco nova dor. Maria das Dores mordeu a própria para não gritar. E não amanhecia.

São José tremia de frio. Maria das Dores, deitada na palha, um cobertor, aguardava.

Então veio urna dor forte demais. Ai Jesus, gemeu Maria das Dores. Ai Jesus, pareciam mugir as vacas.

As estrelas no céu.

Então aconteceu.

Nasceu Emmanuel.

E o estábulo pareceu iluminar-se todo.

Era um forte e belo menino que deu um berro na madrugada.

São José cortou o cordão umbilical. E a mãe sorria. A tia chorava.

Não se sabe se essa criança teve que passar pela via crucis. Todos passam.

Clarice Lispector

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O GATO PRETO


Se você achar um pêlo branco num gato preto, terá boa sorte.
Se você chutar um gato, terá reumatismo naquela perna.Na idade média, acreditava-se que os gatos eram bruxas transformadas em animais. Por isso a tradição diz que cruzar com gato preto é azar na certa. Os místicos, no entanto, têm outra versão. Dizem que quando um gato preto entra em casa é sinal de dinheiro chegando!
Os primeiros povos a atribuir uma aura mística ao gato foram os egípcios que o idolatravam, tendo mesmo um deus com a sua forma física, Bast. Em honra desta divindade, os egípcios mantinham gatos pretos nas suas casas e davam-lhes honras reservadas.

O meu gato preferido é um felino negro com uma pinta branca no formato de um coraçãozinho, bem no peito. Foi achado na rua, mais vivo do que morto e ficou 15 dias no soro do veterinário.

Aliás,o veterinário reafirmou que os gatos pretos são os mais inteligentes e carinhosos ( talvez uma mutação genética por serem os mais rejeitados).E isso é a pura verdade! O Carlson ( nome sueco apropriado para um negão) é muito carinhoso, conversa com seus miados lânguidos, fazendo uma corcova com o corpo,feito um dromedário. Adora beber água corrente e comer peito de peru.
Mas tem uma postura elegante e altiva, como todos os gatos.

Gato só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele depende, é chamado de arrogante, egoísta,falso.

"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor.

Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser. O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. O gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém, sem derramar-se. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A PAZ


A primeira vez que tive contato com a guerra, foi aos 10 anos quando meu avô me levou numa visita a um casal de amigos judeus. Muito carinhosos, nos serviram café e chá, com biscoitos feitos por ela, uma senhora baixinha de cabelos grisalhos e um chale bege nos ombros. Quando ela me estendeu o prato de doces, vi o numero tatuado em seu antebraço, e como toda criança ingenua perguntei o que era aquilo.Um silencio de alguns segundos e ela respirou fundo. A pergunta não foi respondida, continuaram na conversa deles sem me darem atenção. Mais tarde em casa,meu avô contou algumas passagens deles no campo de concentração e eu ouvi estarrecida, que eles bebiam urina de cavalo para matar a sede. Aquilo me deixou atonita, não pude compreender direito o porque da guerra e como toda criança, dali alguns minutos ja tinha esquecido o assunto e fui brincar.

Adolescente vi cenas da guerra do Vietnam ( a guerra que matou o orgulho americano) e pude compartilhar mais ativamente da indignação da minha geração, a geração dos protestos.Uma certeza ja abrangia meu coração: na guerra todos saem derrotados!

Na semana passada vi tanques subindo ladeiras nos morros do Rio de Janeiro, uma guerra urbana para tomada de território.Sobre o futuro do Rio de Janeiro e de tantas outras capitais e cidades importantes de nosso Brasil existe uma incógnita, que só poderá ter uma resposta nos próximos anos, em face das providências e das soluções práticas que poderiam ser tomadas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Brasil.

Nenhum motivo explica a guerra. Nem a sede de poder. Nem o medo de perder,nem a ira. Nem a mentira,nem a conquista territorial. É preciso aproveitar os momentos de crise para fomentar a reflexão sobre o autêntico destino da humanidade e de cada ser humano. Reconhecer todas as filosofias da vida que se baseiam em motivações positivas, sobretudo quando são enraizadas entre os povos. A paz é possivel.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ARCANJO MIGUEL


Como espiritualista e medium tenho em mim a certeza de estar sempre acompanhada por meus guias espirituais, que me intuem nas mais diversas situações. Tenho tambem um "acompanhante" que muitos dizem ser o "anjo da guarda", mas para mim significa um espirito com afinidades e que vem comigo há muitas encarnações.
Sinto a sua presença sempre e sua luz ilumina meus caminhos.

Mas o Senhor de todos os anjos, aquele que está ao lado do Senhor, é sem duvida o Arcanjo Miguel. Dos sete poderosos Arcanjos, Mensageiros de Deus, o Arcanjo Miguel, o Senhor dos Anjos, é o mais conhecido; ele é o Arcanjo da fé, da proteção e da libertação do mal.
Eu acredito que os anjos são espíritos sem corpos que possuem inteligência superior, força e santidade. Arcanjo Miguel é o mais velho arcanjo, cujo nome significa "assim como Deus”. É o Patrono da Umbanda, sendo que foi dado a ele a capitania sobre os fenômenos naturais, como a chuva, o vento, o fogo, a neve, os trovões, relâmpagos e granizos.

Ao Arcanjo Miguel atribuem-se três funções:
1. A de guiar e conduzir as almas ao céu, depois de tê-las pesado na balança da justiça divina;
2. De defender a Igreja e o povo cristão;
3. De presidir no céu o culto de adoração à SSma. Trindade e oferecer a Deus as orações dos Santos e dos fiéis.

A tradução literal para o nome Miguel é “Aquele/Quem como Deus”.
• Mi = Aquele/Quem(?)
• Ka = Como
• El = Deus


Muita especulação surgiu através dos tempos, nas tradições judaica e cristã, sobre a natureza e obra dos anjos, bem como sobre a identificação do arcanjo Miguel.

A Hierarquia Angelical é composta por 09 (nove) Coros: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e Anjos, distribuídos em três Hierarquias.
Juntamente com Arcanjo Gabriel e Arcanjo Rafael, Arcanjo Miguel faz parte do Coro dos Arcanjos, e seu dia é comemorado em 29 de setembro.

No livro de Enoque ele é designado como o príncipe de Israel. No livro dos Jubileus, ele é retratado como o anjo que instruiu Moisés na Torá. Nos Manuscritos do Mar Morto é retratado lutando contra Beliel. Miguel é designado como "o arcanjo" termo que significa "anjo principal".
Desde a publicação, em 1991, da quase totalidade dos textos descobertos no deserto da Judeia - comummente conhecidos como os manuscritos do Mar Morto - que o estudo acerca da angeologia judaica sectária e extra-biblica teve um grande desenvolvimento.

No capítulo 12 do Livro do Apocalipse encontramos o seguinte: “Houve uma grande batalha no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra Satanás e suas legiões, que foram derrotadas, e não houve lugar para eles no céu. Foi precipitada a antiga serpente, o diabo, o sedutor do mundo. Ai da terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo”.
Quando, conscientemente, se apela ao Arcanjo Miguel e sua Legião, esta súplica é atendida prontamente e distribuído o socorro em cada necessidade que oprime e enfraquece!


Oração a Arcanjo Miguel

Príncipe Guardião e Guerreiro
defendei-me e protegei-me com Vossa espada,
não permiti que nenhum mal me atinja.
Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes,
contra quaisquer ato de violência.
Livrai-me de pessoas negativas.

Espalhai vosso manto e vosso escudo de proteção
em meu lar, meus filhos e familiares.
Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
Trazei a paz e a harmonia.

Que assim seja.