PÉS NA ÁGUA

A ação de deixar os pés submersos para relaxar e recuperar as energias remonta de milhares de anos. Nossos antepassados já conheciam bem os efeitos da água. Sendo ela um veículo de frio ou calor, quando aplicada ao corpo promove o equilíbrio térmico do organismo e mudanças nos sistemas nervoso e circulatório.

Os pés demonstram grande senbilidade e os meus em particular, são ultra sensiveis a cócegas e sapatos apertados. Adoro pisar na grama, na areia da praia, na agua gelada de um riacho sobre as pedras.
A primeira vez que senti meus pés caminhando dentro de um córrego frio foi quando eu tinha 8 anos, brincando alegre num clube com minha irmã.
Mais tarde, ja adolescente, entreguei-me a uma farra na lama, até os joelhos, me lambuzando na textura macia da terra e da agua.

Essas sensações incriveis me fazem ver que pelo menos para mim, os pés são uma parte de extrema sensibilidade, mais até do que as mãos.A vaidade no inicio dos dezesseis anos, ao pintar as unhas dos pés de vermelho e colocar uma sandália de salto, me trazia um imenso prazer, aquele que se inicia quando os hormonios começam a brotar pela pele.
Apesar de todo o fetiche que pode despertar, o grande Leonardo da Vinci deu uma definição rápida :"Os pés são uma obra perfeita de arquitetura, agilidade e potência."

Na realidade nos sustentam a vida inteira, e quando isso significa ficar trabalhando em pé o dia todo ( como foi comigo ha alguns anos ), o incômodo e a dor são terriveis.
Mas pode perguntar a qualquer mulher vaidosa, o que ela mais gosta de comprar...Sapatos! E diante dos modelos de criadores atuais como Loubotin e Jimmy Choo, os olhos se encantam e fascinam.
Mas para mim, o prazer de mergulhar os pés na água, sejam á beira-mar chutando as ondas, ou numa banheira quente e perfumada, é uma benção e um privilégio.