quinta-feira, 11 de novembro de 2010

SER OU NÃO SER VEGETARIANA?


Se você é adepto do vegetarianismo por questões pessoais como simples preferência gastronômica, ok. Também aprecio uma boa salada e adoro legumes! Aprendi a comer proteína de soja com a minha filha, mais ligada do que eu em produtos naturais e emagrecimento. Não faço questão de carne, mas ainda, vez ou outra, cometo o pecado.

Tenho uma irmã e cunhado que são parcialmente vegetarianos ( não comem carne vermelha ) em função da leitura de um livro espiritualista de Ramatis.
Eu me sinto muito desconfortável com a idéia da quantidade de sofrimento imposta aos animais abatidos. Outro dia, assisti a um video na TV que me deixou muito impressionada, de um abatedouro antigo do Nordeste. O homem levantava a marreta e com toda a força abatia o boi á sua frente. O animal manso e quieto, parece que esperava seu destino. Aquilo me comoveu tanto, que dai pra frente evito mais do que nunca a carne vermelha.
Mas igualmente, nas minhas pesquisas na internet, li que um grupo de industrias alimentícias criou uma forma de praticamente “pulverizar” um frango ainda vivo, pulando etapas e criando mais faturamento!
Acho que ainda comemos carne de animais porque não pensamos mais profundamente no assunto, não nos ligamos na crueldade que é imposta a esses seres, em função de antigos hábitos ou falsas idéias de consumo ideal de proteínas.

A ilusão da fazendinha do interior com os animais vivendo felizes não resiste à conscientização da pressão que a humanidade faz no ecossistema, bem como a poluição atmosférica e do solo que imensos rebanhos causam.

Não importando a motivação, o abate de gado de corte não se restringe apenas à carne, como muitos insistem em propagar. Grande parte de nosso conforto (palavra que pode soar hedonista nesse contexto) e capacidade de sobrevivência depende das dezenas de subprodutos do gado, como os adubos orgânicos, hormônios, insumos para pesquisas etc. Lembro de ter lido um ditado muito antigo em um Almanaque Globo Rural: do boi só não se aproveita o mugido.

Os Vegans, ou seja, aqueles vegetarianos que não partilham absolutamente de nada que derive de animais ( couro, cosméticos,etc),se pautam no reconhecimento de que seres sencientes têm direitos e de que somente a adoção da senciência (sensibilidade e consciência – característica própria dos seres dotados de sistema sensorial-neuronial e autonomia prática, isto é, os animais) como princípio definidor de pertença à comunidade moral (senciocentrismo) é capaz de assegurar direitos a todos os seres humanos.
A preocupação do veganismo é dar maior significado e dignidade a vida, e com a diminuição do sofrimento dos animais o sofrimento da raça humana também será aliviada!
Acho que estou num processo evolutivo alimentar, e que evoluir espiritualmente também significa não comer carne animal.

Um comentário:

Zé Clemente disse...

Não tenha dúvida. Quase tudo que consta do teu texto eu assumi como verdade sem me informar por nenhum meio. Foi concientização absolutamente individual. Às vezes cometo do dito pecado mas tem sido raro e cada vez mais tenho menos interesse pela dita carne. Faço um parentesis para o peixe. É tambem um animal, mas é incrivel que o fato de não portar sangue quente e vermelho como os outros, faz do peixe um alimento à parte.
Sou muito mais pelos vegetais, frutas e legumes.